A perseguição sofrida durante a II Guerra Mundial deu visibilidade a um antigo sonho dos judeus: ter a terra prometida. O
Movimento Sionista, criado no final do século XIX, lutava desde 1917 para que esta terra fosse a Palestina. Após o Holocausto, a comunidade internacional se sensibilizou com a causa, mas a tentativa de resolver um problema gerou outro. Os judeus chegavam aos milhares na Palestina e a proposta de partilha apresentada na ONU em 1947 desagradou aos árabes que viviam na região.
O que seguiu foram décadas de
guerras entre os dois lados: Suez, Seis Dias, Yom Kipur... Na dos Seis Dias, Israel tomou as colinas de Golã, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, que ficaram conhecidas como “territórios ocupados”. Também tomou parte do Egito, mas devolveu em troca do reconhecimento da existência de Israel pelo governo egípcio. O ato custou a vida do presidente Sadat, assassinado por um extremista, e dificulta até hoje a relação do Egito com os vizinhos árabes. Quanto aos outros territórios, a ONU determina desde a década de 60 (e repetidas vezes) que Israel devolva estas áreas aos palestinos e à Síria, um processo que está incompleto.

Para entender a revolta na região, é preciso também conhecer os acordos feitos entre árabes e as grandes potências mundiais na I Guerra. Eles aceitaram lutar contra o Império Otomano (hoje Turquia) ao lado de franceses e ingleses se estes lhes garantissem a independência depois. Os Otomanos foram derrotados, mas a região foi dividida e transformada em protetorados controlados pelos países ricos. Inglaterra e França nunca pretenderam cumprir o acordo. Eles manifestaram isto claramente no tratado Sykes-Picot, celebrado secretamente entre si naquela época e hoje tornado público.
Não surpreende que tenham dificuldade em se relacionar com o Ocidente...
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