sábado, 20 de junho de 2009

Turismo bizarro

Estou há três horas no aeroporto de Foz do Iguaçu, tentando embarcar pra Porto Alegre. A conexão original já era bizarra: Foz-São Paulo-Porto Alegre. A distância de Foz a POA é de menos de mil km. Mas somando todos esses deslocamentos, a viagem fica com 2156 km!
Como a lei de Murphy é a mais respeitada nesse país, as coisas sempre podem ficar piores: os funcionários da TAM não localizaram minha conexão em São Paulo e por isso não me deixaram embarcar. Era uma passagem de cortesia porque a companhia aérea patrocinou o evento que eu fui convidada a cobrir em Foz do Iguaçu, então meu poder de barganha ficou menor (não devia ser assim, mas é assim que é).
Consegui fazer o check-in agora há pouco, mas para o trajeto Foz-Rio de Janeiro-Florianópolis-Porto Alegre. Três lanches horrorosos me aguardam... na vinda, o último era um cachorro quente morno, sem maionese e sem molho, só uma salsicha com pão. Na Alemanha eles comem assim, mas esqueceram de avisar o cozinheiro da TAM que a salsicha é outra e que a iguaria vem acompanhada de uma mostarda típica.
Acordei as 4h30 da manhã e so chego em Porto Alegre, se tudo der certo, depois das 5 horas da tarde. Um absurdo total! Isso que estou numa cidade turística...
Prometo que depois, com melhor humor, posto as fotos com as coisas legais de Foz do Iguaçu. O povo daqui é muito simpático, não tem culpa das porcarias que as empresas aéreas fazem.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Viva a solteirice

i o que aconteceu este ano, mas tive a impressão de que o assunto Dia dos Namorados foi muito mais mencionado na midia que no ano passado. Será que por conta do feriadão e do frio, pra estimular o turismo e as compras (ótimos patrocinadores)?
Estou há mais de ano solteira e não estou achando tão ruim... é o que eu conto nesse vídeo:
A idéia veio depois da gravação do nosso programa Redação de Calcinha dessa semana em que preferimos justamente falar sobre estar sozinho, já que todo mundo passou os últimos 10 dias só se importando com os casados.

Estar junto só é bom quando o outro não é uma mala. E olha que tem mala por aí...

domingo, 7 de junho de 2009

Duendes em casa

Dizem que os duendes são brincalhões e gostam de fazer coisas sumirem. Cheguei à conclusão que tenho um deles na minha casa e ele é estilista e estiloso. Semana passada sumiu minha tesoura de costura e neste sábado simplesmente não consegui encontrar meus óculos escuros.
O lado positivo da minha busca por esses objetos foi a limpa que fiz nas minhas coisas. Enquanto procurava, ia arrumando os armários e localizando aquelas coisas que não vou usar mais. No fim do primeiro dia, enchi uma sacola inteira de roupas em bom estado que eu simplesmente não sinto mais vontade de usar. Graças ao duende (hehehehe), agora elas aquecem uma funcionária pública que tem dois filhos pra sustentar com um salário de uns mil reais. Não é salário mínimo, mas com certeza não sobra muito no fim do mês, nem é a fortuna que muita gente imagina que o serviço público paga.
Na etapa dessa semana, encontrei muuuito papel que não tinha mais necessidade nenhuma de ser guardado. No fundo, somos todos "papeleiros" (os jornalistas em especial). Juntamos muita coisa de que não precisamos e isso não faz nossa vida melhor. Na verdade, compartilho daquela filosofia oriental de que essas coisas inúteis só servem para atravancar a nossa vida, impedindo o fluxo de energia e a chegada de coisas novas.
Todo mundo devia fazer uma faxina na sua vida. Sempre tem algo que não serve mais, inclusive algumas idéias...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Herdeiro de coisa nenhuma

Um pequeno detalhe me irritou profundamente quando começaram a noticiar o desaparecimento do avião da Air France. Um descendente da família real do Brasil estava a bordo e diversos sites disseram que ele é o "quarto na linha de sucessão". Sucessão do que, se estamos numa República?
A primeira vez que votei foi justamente num plebiscito que aconteceu na década de 90, para decidirmos entre presidencialismo/parlamentarismo e monarquia/república. Deu República. Levantar a possibilidade de retorno da família real pareceu um desrespeito ao meu voto.
Também fiquei me questionando o que faz afinal um descendente da nobreza? Hoje a coluna da Lurdete Ertel na Zero Hora me tirou essa dúvida: ele trabalhava no mercado financeiro. Bom saber que se trata de alguém que produz alguma coisa. Pena que não enfatizaram esse lado normal dele nas primeiras matérias, parecia que estavam falando dum ser de outro mundo, ao qual nenhum dos aspectos da nossa vida corriqueira se aplica.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Viagem ao Oriente Médio

Pra viajar nem sempre é preciso sair de casa, ou melhor, é preciso andar um pouquinho, passar na locadora e voltar. Era isso que o clima de Porto Alegre, com chuva e temperatura abaixo dos 10°C, pedia nesse fim de semana.
E lá fui eu para o Oriente Médio em cima dos dvd's voadores... O primeiro filme foi o "Zohan, um agente bom de corte", com o Adam Sandler. Quase um besteirol, em que um super agente israelense se finge de morto pra ir pros Estados Unidos trabalhar como cabeleireiro. Mas por trás de uma certa escatologia tem piadas muito engraçadas sobre as relações árabe-israelenses, que exige que o espectador tenha o hábito de acompanhar um pouco os noticiários.
O segundo é totalmente diferente, mas na mesma região geográfica: Persépolis é um desenho animado que conta a história moderna do Irã. Tudo acontece pelos olhos de uma menina duns 8 anos, que vai crescendo e se defrontando com novas e não menos problemáticas realidades do seu país.
Não é dramalhão, nem comédia e consegue contar a história de uma forma sensível. Faz pensar mas não tira o sono depois nem provoca depressão profunda hehehe. Não tem como ficar indiferente às reflexões sobre a imposição das normas religiosas na vida dos iranianos, como a proibição de um homem e uma mulher que não sejam casados circularem juntos em público, mesmo que nem estejam se tocando. Então como se vai namorar alguém? Veja o filme...