quarta-feira, 3 de junho de 2009

Herdeiro de coisa nenhuma

Um pequeno detalhe me irritou profundamente quando começaram a noticiar o desaparecimento do avião da Air France. Um descendente da família real do Brasil estava a bordo e diversos sites disseram que ele é o "quarto na linha de sucessão". Sucessão do que, se estamos numa República?
A primeira vez que votei foi justamente num plebiscito que aconteceu na década de 90, para decidirmos entre presidencialismo/parlamentarismo e monarquia/república. Deu República. Levantar a possibilidade de retorno da família real pareceu um desrespeito ao meu voto.
Também fiquei me questionando o que faz afinal um descendente da nobreza? Hoje a coluna da Lurdete Ertel na Zero Hora me tirou essa dúvida: ele trabalhava no mercado financeiro. Bom saber que se trata de alguém que produz alguma coisa. Pena que não enfatizaram esse lado normal dele nas primeiras matérias, parecia que estavam falando dum ser de outro mundo, ao qual nenhum dos aspectos da nossa vida corriqueira se aplica.

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