terça-feira, 28 de abril de 2009

Cidade da Copa (?)

Enquanto a África do Sul se prepara para a copa de 2010, nós vamos sonhando com a de 2014. Sim, sonhando, porque embora a FIFA já tenha escolhido o Brasil como sede, pouco foi feito até agora. Estamos só no mundo da imaginação. Na sua cidade tem obras grandes em andamento para receber os jogos do principal evento do futebol mundial?
Porto Alegre não tem. É uma cidade linda, mas com inúmeros problemas que eu resolvi mostrar aqui, começando com algumas cenas de uma das minhas andanças pelo centro na semana que passou.
A praça da alfândega oferece três bons museus aos visitantes e aos porto-alegrenses. O prédio da foto é o Museu de Arte do Rio Grande do Sul.
E do lado dos museus essa é uma das visões que o turista pode encontrar...

domingo, 26 de abril de 2009

Até a realeza participou!

O ingresso a princípio poderia ser considerado caro, mas valeu cada centavo! O Boteco Bohemia devia servir de exemplo para algumas casas noturnas das quais já reclamei aqui. O evento final do concurso do melhor petisco da cidade usou como tema "o evento de boteco tão nobre que até a Realeza vai querer participar".
Na entrada, já tinha o trono reservado para o príncipe Charles. O sósia dele, acompanhado dos guardas do Palácio de Buckingham, circulou entre as pessoas, abanou e até conversou (em inglês, é claro).


As comidas e a bebida eram as principais atrações. Os que eu experimentei:
- Churros de camarão, do Loss Pub - imagine a massa do churros, salgada, polvilhada com queijo e recheada com uma pasta de frutos do mar em vez de doce de leite
- Espetinho de sassami e queijo, do Churrasquinho Bar - queijo e frango à milanesa no espeto, acompanhado de molho
- Panelinha de frutos do mar, do Boteco Natalício - pedaços de camarões e lulas envoltos num creme apimentado na medida certa
As bebidas são capítulo à parte: tinha a minha cerveja preferida, Bohemia Confraria! Só faltou a caipirinha que a Tati e a Raquel queriam. O mais legal era pagar: ao chegar a gente trocava reais por umas notinhas coloridas, que eu apelidei de "dinheiro de bêbado".


Aproveitamos a festa para comemorar o aniversário da Raquel Sander. Foi uma ótima pedida, porque os shows eram muito bons. Teve Banda Moinho (na foto) e Paula Lima. Pena que a acústica do lugar (um depósito industrial) não ajudava...

Ah, esse penduricalho no pescoço tinha o mapa do lugar, a lista dos petiscos concorrentes e a agenda dos shows da noite. Eu achei prático para os bêbados não ficarem largados no fim da festa: era só escrever no verso "Leve-me para casa" e por o endereço :P Ainda mais que a festa dava o táxi de volta pra todo mundo ir pra casa e não ter que dirigir alcoolizado.

sábado, 25 de abril de 2009

Difícil de agradar (e não é pra agradar mesmo!)

Tenho me correspondido com diversas pessoas pela internet do ano passado pra cá. Conheci algumas interessantes, legais pra se bater um bom papo. Talvez algum desses contatos termine em algo mais.
O que aconteceu nessa última semana vale como lembrete do quanto é fundamental pensar em si mesmo. Calma, não é egoísmo! É só nos darmos valor e descobrirmos quem somos. Uma das pessoas com que estou teclando fez a seguinte avaliação sobre mim:
- Mas tu só trabalha o tempo todo!
E o outro:
- Tu parece uma pessoa legal, tem várias coisas que eu valorizo numa mulher, apesar de ser meio baladeira.
Nenhum dos dois está bem certo... Conseguir fazer as pessoas conhecerem o nosso verdadeiro eu não é uma coisa fácil. Mas vejo que o mais difícil para a maioria é ser QUEM É. Basta uma rápida navegação pela Internet pra encontrar gente querendo a "receita" para agradar homens e mulheres. E depois, por quanto tempo vai ter que fingir que não gosta de futebol, que adora preparar almoço....?
Se é pra viver na mentira e fingir ser alguém que não sou, prefiro ficar sozinha. Aliás, nem tão sozinha assim. Meus amigos não fazem restrição ao meu jeito de ser, à minha animação pra fazer qualquer programa ou minha paixão por estudar de tudo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

As feridas abertas por Hitler (em vários posts!)

Dois fatos esta semana foram marcantes na Política Internacional (uma das coisas que eu adoro estudar): Obama sendo presenteado pelo presidente da Venezuela Hugo Chávez e o discurso do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad na Conferência da ONU sobre o racismo. "Enquanto a dominação sionista prosseguir, muitos países, governos e nações não serão capazes de desfrutar liberdade, independencia e segurança. (...) É tempo de o ideal do Sionismo, que é sinônimo de racismo, ser quebrado." (tradução minha a partir do inglês).
Muita gente temia que o tom do discurso fosse esse, justamente na véspera do dia em que os israenlenses lembram o Dia do Holocausto. Os diplomatas europeus se retiraram da sala, os de alguns países árabes aplaudiram. Ahmadinejad sabe ser provocador. Em 2006, ele apoiou um evento Revisionista ocorrido no Irã, que questionava a existência e números do Holocausto (!), com a participação do movimento racista americano Ku Klux Klan.
Ahmadinejad coloca o dedo numa ferida aberta há mais de 70 anos pelos sonhos de grandeza de Hitler. Dói ainda no povo alemão, que trata o ex-ditador como persona non grata (se evita falar dele) e há anos pede desculpas pelo ocorrido. Quando estive na Alemanha dois anos atrás, havia um sentimento entre os jovens de “pare de me culpar, eu não estava lá”, tamanho o esforço em mostrar o nazismo como algo nefasto e prevenir a ascensão do neonazismo.
Na áustria, terra natal de Hitler, fui a um museu que cobria as suásticas nos artefatos históricos da II Guerra Mundial (foto ao lado). Uma política alemã chegou a propor a desnaturalização do ex-governante, o que não conseguiu por motivos técnicos: a lei alemã não prevê desfazer a naturalização de quem já morreu e também não permite a prática se a pessoa ficar apátrida (no caso, Hitler não teria como recuperar a nacionalidade austríaca).

As feridas abertas de Hitler – mais um tabu

Hitler perseguiu TODAS as minorias, começando pelos comunistas. Conseguiu que o Papa Pio XXII fizesse os católicos, partido muito expressivo na época, se afastarem da política. Com a oposição enfraquecida e um povo ansioso por mudanças econômicas, ele começou a avançar sobre outros países. Homossexuais, portadores de deficiência, ciganos, poloneses e judeus foram perseguidos e mortos. Mas foram os últimos os que melhor conseguiram se organizar e denunciar a barbárie a que foram submetidos.
O isolamento, as pessoas obrigadas a andar na rua rotuladas com a estrela de David em braçadeiras, o uso de cobaias humanas em experiências “científicas” e as mortes em campos de concentração não podem ser negadas mas criaram uma espécie de salvo-conduto perigoso. Questionar as condutas de Israel ou abordar de forma diferente as perseguições nazistas é um tabu, tanto quanto falar abertamente em Hitler na Alemanha.
No início do ano, o arcebispo de Porto Alegre Dom Dadeus Grings se envolveu numa enorme polêmica ao dizer que morreram mais cristãos que judeus durante o nazismo. Ele foi duramente atacado antes que se debatesse de forma séria o que ele questionava. Talvez os cristãos não sejam os mais numerosos entre as vítimas, mas certamente morreram milhares de poloneses e ciganos dos quais pouco se fala. (Fotos do museu de Berchstesgaden, Alemanha, com cenas dos campos de concentração)

As feridas abertas de Hitler – a política hoje

São inegáveis as mortes e o sofrimento de milhões de judeus, sujeitados aos abusos ordenados ou permitidos por Hitler, assim como o é o uso político do Holocausto. Isso pode ser observado em muitas conversas à época do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, no final de 2008 e início de 2009.
A comunidade internacional criticou as ações israelenses, pois o direito internacional determina que é justa a reação a um ataque, mas esta deve ser proporcional à agressão sofrida. Armas de última geração contra um povo pobre, em meio ao qual se escondem extremistas que usam bombas e foguetes quase amadores, é questionável. Atacar escolas mantidas pelas Nações Unidas, com verbas doadas por outros países, é inaceitável e em nada contribuirá para formar uma geração menos radical e aberta ao diálogo com Israel.



(o monumento da foto é o Memorial do Holocausto, em Berlin: é um quarteirão inteiro ocupado por blocos de concreto, que representam as vítimas dos campos de concentração)



Não faltou naqueles dias quem tentasse associar a difícil relação com outros povos do Oriente Médio ao Holocausto, como se o mundo fosse o mesmo, os israelenses não tivessem um grande exército e serviço secreto e os palestinos tivessem o mesmo poder militar e político dos nazistas nos anos 40. A perseguição sofrida décadas atrás foi manipulada para justificar um novo erro. Nos fóruns de debate sobre diplomacia dos quais faço parte, vi descendentes de judeus perdendo a razão ao discutir os ataques em Gaza. Para eles, quem criticava a ação estava defendendo um novo Holocausto. Porém, os números desse recente conflito armado mostram o contrário: morreram 1400 palestinos (dados da Anistia Internacional) e apenas 13 israelenses.
Na época, os dois lados estavam envolvidos em seus processos eleitorais. Cada governo levou o confronto adiante esperando um melhor resultado nas urnas palestinas ou israelenses usando um velho estratagema político: criar ou manter um inimigo externo. Ahmadinejad faria bem se dirigisse sua crítica não aos judeus como um todo, mas ao governo israelense que conduziu (ou outro que venha a conduzir) uma ação em desacordo com o costume e tratados internacionais. Temos que saber separar povo de governo, pois há judeus e palestinos que não apoiam os atos de violência. Usar de generalização e fomentar o ódio a qualquer etnia é alimentar um novo genocídio.

Essa ferida Hitler estimulou a ONU a abrir...

A perseguição sofrida durante a II Guerra Mundial deu visibilidade a um antigo sonho dos judeus: ter a terra prometida. O Movimento Sionista, criado no final do século XIX, lutava desde 1917 para que esta terra fosse a Palestina. Após o Holocausto, a comunidade internacional se sensibilizou com a causa, mas a tentativa de resolver um problema gerou outro. Os judeus chegavam aos milhares na Palestina e a proposta de partilha apresentada na ONU em 1947 desagradou aos árabes que viviam na região.
O que seguiu foram décadas de guerras entre os dois lados: Suez, Seis Dias, Yom Kipur... Na dos Seis Dias, Israel tomou as colinas de Golã, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, que ficaram conhecidas como “territórios ocupados”. Também tomou parte do Egito, mas devolveu em troca do reconhecimento da existência de Israel pelo governo egípcio. O ato custou a vida do presidente Sadat, assassinado por um extremista, e dificulta até hoje a relação do Egito com os vizinhos árabes. Quanto aos outros territórios, a ONU determina desde a década de 60 (e repetidas vezes) que Israel devolva estas áreas aos palestinos e à Síria, um processo que está incompleto.
Para entender a revolta na região, é preciso também conhecer os acordos feitos entre árabes e as grandes potências mundiais na I Guerra. Eles aceitaram lutar contra o Império Otomano (hoje Turquia) ao lado de franceses e ingleses se estes lhes garantissem a independência depois. Os Otomanos foram derrotados, mas a região foi dividida e transformada em protetorados controlados pelos países ricos. Inglaterra e França nunca pretenderam cumprir o acordo. Eles manifestaram isto claramente no tratado Sykes-Picot, celebrado secretamente entre si naquela época e hoje tornado público.
Não surpreende que tenham dificuldade em se relacionar com o Ocidente...

Para ver

Vou deixar dicas de dois filmes ligados a essas histórias que contei aqui.
As Últimas Horas de Hitler – mostra o fim da vida e a loucura do ditador, perdendo a guerra, trancado num bunker. Interpretações fantásticas dos atores...
O Julgamento de Nuremberg - esse é interessante para ver que nem os vencedores sabiam exatamente o que fazer com os criminosos de Gerra.
A Noiva Síria – dica da minha professora de Política Internacional Sílvia Ferabolli, especialista em mundo árabe. É a história de uma família de outra etnia em Golã, território ocupado por Israel.

A foto é de um bunker que ficou inacabado em Berchstesgaden, cidade onde ficava o Ninho da Águia (uma espécie de casa de campo de Hitler). O de Berlim teria sido destruído e ninguém quer dizer onde fica. Desconfio que é para evitar celebrações e promoção do neonazismo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Fora de padrão também é cinemão!

Tirei o domingo para curtir a sétima arte. Fui ver Território Restrito (Crossing Over) com uma amiga na Casa de Cultura Mário Quintana. O lugar por si só já é uma atração. O prédio era do hotel Majestic, onde o poeta viveu durante muitos anos.
O filme tem no elenco artistas famosos como Harrison Ford e a Ashley Judd, além da novata Alice Braga (sobrinha da nossa Sonia Braga) e discute os problemas da imigração. Fui esperando que falassem sobre o problema com os mexicanos, mas o filme vai além. Entremeia as histórias de pessoas e famílias de várias origens étnicas e seus diferentes motivos para querer viver nos Estados Unidos. Toca num tema sério e atual, faz pensar e nem por isso é chato.
De noite, ainda tirei um tempinho para assistir um DVD que me recomendaram há algum tempo. A Massai Branca é a história de uma suíça que, durante uma viagem ao Quênia, decide abandonar o namorado e viver com um guerreiro local na tribo Massai. Os dois filmes tem em comum levantarem o debate sobre choque de culturas e o fato de fugirem do modelo hollywoodiano a que estamos acostumados. E provam que é possível quebrar padrões sem ser aquela obra chata que os pseudo-intelectuais dizem que assistem pra posar de inteligente. Cinemão é filme bom!

domingo, 19 de abril de 2009

Durante e depois das bebidinhas


Para compensar o feriadão de Páscoa, teve muita festa neste fim de semana! Duas colegas do trabalho comemoraram aniversário. Fiz o registro fotográfico pra posteridade e modéstia à parte, acho que consegui uns cliques lindos !

A primeira festa foi no Zelig, um ambiente legal pra beber e bater papo, na Cidade Baixa. A de sábado foi no Aquarium Club, onde até pouco tempo atrás ficava o News Pub. A casa tem pista de dança, um ambiente pra bater papo e ouvir música ao vivo lá no segundo andar e outro com mesas e um balcão para beber. O problema foi na hora de ir ao banheiro... As duas da manhã, o chão tinha uma lama e as latas de lixo transbordavam. Impressionante que as casas noturnas cobrem 15 a 25 reais só pela entrada e não tenham nenhuma manutenção durante a noite. Ganham esse dinheiro limpinho (em contraste com o banheiro!) e depois cobram 50 reais um espumante que custa 30 no supermercado e 12 por uma latinha de Red Bull que eu compro por cinco!
Momento criativo na carreira de modelo da Mariana :)










Rolou até "canja" da aniversariante como backing vocal

terça-feira, 14 de abril de 2009

O filho na prateleira

Existem vários motivos para alguém adotar uma criança: infertilidade, não ter conseguido encontrar um parceiro e engravidar antes dos 40 anos, achar que ser pai/mãe é mais que algo biológico e até caridade. Este último é o pior deles.

Agora o tema adoção volta à baila com a cantora Madonna. Não sei qual a motivação dela, mas seu pedido para adotar uma criança no Malawi foi negada pelos tribunais daquele país. Anos atrás ela havia adotado um outro menino de lá, recebendo muitas críticas. Familiares da criança protestaram porque o processo não teria seguido os trâmites legais, só por ela ser uma celebridade.

Muitos casais ricos cometem o erro de ver a adoção como uma missão salvadora, em que eles resgatam a criança da pobreza. Com isso estão alimentando o próprio ego e um mercado milionário. A revista Foreign Policy fez uma matéria primorosa sobre isto há uns dois meses. Para começar, mostrando que a situação financeira nos países menos desenvolvidos melhorou. Há menos bebês miseráveis disponíveis para a adoção e eles estão sendo acolhidos pela ascendente classe média local. Em sua maioria quem espera adoção são crianças maiores, vítimas de maus tratos, um perfil bem diferente daquele que o estrangeiro pensa em levar para a casa.

O mais chocante da matéria é saber que casais pagam de 10 a 15 mil dólares a agências de adoção, valor que não inclui viagens para o exterior onde estão os pequenos a serem "salvos". E quando há tanto dinheiro em jogo, a ética muitas vezes fica de lado. A Foreign Policy menciona vários casos em que crianças foram roubadas de suas famílias na América Central para serem encaminhadas à adoção por casais americanos. O esquema tem a conivência de agentes públicos destes países: a criança passa algumas semanas num abrigo e o trãmite jurídico é apressado para dar uma cara de legalidade ao processo. Um grande supermercado de gente...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Páscoa com estilo

Mesmo estando de plantão na quinta e sexta-feira, consegui curtir um pouquinho a família no feriadão. A foto é da mesa do nosso almoço. Com pouca grana e muita criatividade deu pra fazer uma decoração um pouco diferente.
Ao lado de cada prato, tinha essa cenourinha de plástico recheada com passas brancas de uva (que na verdade são amareladas hhehehe). A embalagem em forma de cenoura foi comprada no 1,99! O jogo americano verde é TNT (Tecido Não-Tecido), que se compra em qualquer loja de artigos pra artesanato.
A forma lá no meio da mesa tinha pão de milho (em formato de cenoura) com alcaparras e tomates secos. É uma variação de uma receita mágica, que se faz na sexta-feira para quem se ama (minha família!). Troquei a farinha de trigo pela combinação milho/polvilho porque minha irmã é alérgica ao gluten. Ficou mais gostoso que o original eu acho.
Pra completar, conseguimos uma promoção na quarta-feira no supermercado: salmão à 10 reais o kg! foi pro forno temperado com alho e ervas finas. O que sobrou foi requentado depois com beringela e o restinho das alcaparras. Desperdício zero hehehe
ah, pelo jeito as pessoas comeram muuuuito nesse feriado. Voltei agora do restaurante onde costumo almoçar e tinha bem menos gente que o normal.

sábado, 11 de abril de 2009

Nossos gaúchos são mais gordos que os outros

Os dados são da pesquisa do Ministério da Saúde: o Rio Grande do Sul tem o maior percentual de pessoas acima do peso de todo o país. 44,7% das mulheres brigam com a balança. Saber o motivo não é muito difícil, basta olhar o cardápio das festas da minha família.

No Natal, comi dois churrascos e ceia num intervalo de 48 horas. A quantidade e variedade de sobremesas é um absurdo. Eu já aprendi a lição: como menos do que os outros e mantenho a rotina de exercícios mesmo nos feriadões, pro ponteiro da balança não subir muito. Depois é voltar aos hábitos de sempre: caminhadas, kung fu e muita diversão na pista de dança.
Assim dá pra curtir as delícias da mesa sem arrependimento. Como diz meu professor de História, os portugueses deixaram uma importantíssima herança cultural: doce com gosto de doce! Fios de ovos, figo cristalizado, abóbora em calda e figada estão na minha lista. Entre os docinhos, camafeu, ninho de nozes e o negrinho (ou brigadeiro, como chamam no resto do país) são os que me tiram do sério!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A Lei da Atração aplicada aos televisores

Vocês já devem ter ouvido falar na Lei da Atração (aquela mostrada no livro O Segredo). Consiste na idéia de que mentalizamos coisas a tal ponto que elas realmente acontecem.
No fim de semana passado eu coloquei em xeque a validade dessa lei. Dei uma olhada nuns móveis, vi uma estante muito bonita e pensei que aquele tipo seria ótimo para quando tivesse uma TV daquelas bem fininhas.
Poucas horas depois, minha gata Perséfone tentou subir no nosso televisor. Como o aparelho e a mesa que o acomodava foram lambuzados com lustra móveis, o que se sucedeu foi um desastre. Gata patinando e tentando se agarrar num plástico liso, tv escorregando e Denise antevendo a queda sem ter tempo suficiente para segurar o trambolho. Para minha sorte, a Perséfone caiu para um lado e a TV para o outro. O tubo de imagem quebrou só por dentro, então a bichana só tomou um grande susto.
Antecipei então a compra da minha TV digital. Chegou ontem em casa, mas não fui muito feliz em instalar o aparelho. Meu irmão é que conseguiu faze-la funcionar, mas segundo ele a imagem ainda tem uns rabiscos. O problema deve ser o aparelho da NET, já que o nosso ainda não é digital.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

E se o remédio for pior que a doença?

A tarefa mais ingrata do plantão desse fim de semana foi, sem dúvida, cobrir a marcha do centenário do Internacional, já que exige de jornalistas gremistas como eu um enorme esforço de imparcialidade. É duro ouvir o entrevistado tocando flauta por antecipação, prometendo liquidar com o Grêmio no jogo do dia seguinte.
Encontrei outra colega gremista fazendo reportagem para a TV no meio daquela massa em vermelho. Nos olhamos e eu pensei "olha a roubada em que nos meteram..." Porém achei melhor deixar as palavras guardadas. Vai que alguém escutasse e descobrisse duas intrusas!
A situação ficaria pior : no jogo do domingo o Grêmio até abriu o placar, com gol de pênalti, mas depois deixou o Inter empatar e virar o jogo faltando uns 15 minutos pro final do segundo tempo. Então a direção do clube decidiu demitir o técnico, coisa que a torcida pede há mais de mês.
Eu não estava satisfeita com o Celso Roth, mas não considero muito inteligente mudar o comando da equipe na véspera do jogo da Libertadores! A direção não sabe mesmo para onde vai. Primeiro disse que não ia priorizar o Gauchão, mas a Libertadores.
A minha amiga Mari é que cantou direitinho o que ia acontecer: depois de jogar todo o campeonato estadual com os reservas, colocariam os titulares no Grenal correndo o risco de perder pro maior rival. Ela até comprou um nariz de palhaço pra ir no jogo, prevendo o pior. Infelizmente teve que usar...
Espero que os jogadores tenham uma capacidade fantástica de superação para deixar de lado as confusões dos cartolas e mostrar o que sabem. É triste ver o time jogar bem mas não conseguir fazer gols. Um mau resultado nesta terça-feira contra o Aurora vai gerar revolta dos torcedores.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

E quem tem tempo para escrever?

O grande problema da vida adulta é não ter tempo para fazer o que se gosta. Viver coisas boas, experimentar o novo e poder contar depois. Desde o início da semana venho pensando em tantas coisas que gostaria de contar, mas simplesmente não há tempo.
Sai então um texto chinfrin que combina com a música do Chico Buarque:
Até o fim