quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Com a sorte a meu favor

Se tem algo que eu não gosto é aposta, algo que eu sempre associo com aquelas pessoas viciadas que perdem tudo no jogo. Mas eu jogo de outras formas (o que paradoxalmente pode envolver dinheiro em alguns casos), porque a vida assim exige: tudo é uma questão de avaliar os riscos que vale a pena correr e em que momento.
A última semana teve vários lances que eu considero muito afortunados (hehhee), começando pela cirurgia de correção da miopia, que teve como único efeito colateral dor nas costas de tanto dormir ao longo dos cinco dias de licença. O investimento de alguns mil reais vem se justificando a cada dia, conforme a visão vai voltando ao normal.
Olho novo, muitos tratamentos de beleza e muitas caminhadas no parque para passar o tempo (já que leituras estavam proibidas) recuperaram a minha confiança de que no cassino da vida nem sempre a casa ganha. Apesar de já ter perdido algumas fichinhas jogando nos números errados, acreditei que talvez tivesse encontrado um modelo XY que fosse o meu número. Convite feito, duas horas de negociações sobre onde vamos (algo como jogo de War hehehe), convite aceito :)
Jogada seguinte: sair sem ficar dando explicações sobre com quem está saindo, onde vai, quem é a mãe... A solução é sair direto da aula pra noite e ligar avisando que não tem hora pra voltar.
Um pouquinho de sorte ajuda o blefe a sair perfeito: um amigo de Brasília apareceu de surpresa pra uma participação especial na aula de Português, contando um pouco da experiência dele por lá. Basta um recado com duas frases desconexas pra inventar uma boa desculpa pra sair assim, de supetão, no meio da semana, sem mentir exatamente. A família errou na interpretação de texto e deduziu, erroneamente, que a saída depois da aula era pra conversar com esse amigo.
Nada mais perigoso que uma mulher inteligente e que ainda por cima, domina a própria língua...
ps: quando eu pensava que tinha perdido o jogo, a sorte sorriu pra mim... foi um breve instante, mas valeu todo esse longo esforço!

Um comentário:

  1. Que belo texto, Denise!
    Muito emocionante e nos revela que a vida pode ser uma caixinha de surpresas sempre.
    Um grande abraço da amiga Tamirez Com-Z. BJ!

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