A simpatia da mala

Nos últimos dias do ano estávamos conversando no trabalho sobre a superstição de sair com a mala vazia e dar a volta ao redor da casa na noite de Ano Novo, para ter um ano de muitas viagens e aventuras. Tivemos um debate filosófico sobre se quem vive em edifícios deveria dar a volta na quadra toda (já que os prédios ficam grudados uns nos outros) ou se a volta poderia ser de carro, diante do problema de segurança que a maioria das cidades enfrenta (já pensou explicar pro assaltante que não tem dada para dar, além da mala e seu vácuo?)
Eu concluí que o mais honesto seria dar a volta na quadra, mas o fato é que não dei. Me diverti muito, tomei umas taças de champagne e já estava muito cansada... Mas pelo jeito a simpatia não fez falta. No primeiro dia de trabalho normal depois das festas, uma ligação me convidava para ir cobrir os 70 anos do Parque Nacional do Iguaçu. E lá fui eu para a Tríplice Fronteira de novo.
Como sempre, fui muito bem recebida pelo pessoal em Foz do Iguaçu. Teve passeio de barco, show, jantar, passeios pelo parque das Cataratas...
O mais legal foi esse da foto, num barco a motor que passa bem pertinho das quedas. Tinham me avisado pra levar uma muda de roupa porque eu ia me molhar. E MOLHA MESMO... é muita água! A diversão foi maior ainda porque o guia nos levou até perto da Garganta do Diabo perguntou para o grupo (composto por jornalistas e doidos): "Geralmente o passeio só vem até esse limite, dá pra ir uns metros mais mas a maioria das pessoas tem medo, é Rock and Roll... Vocês querem ir?" . "SIIMMM"
E lá fomos nós ter uma visão privilegiada das Cataratas, com o rio bem cheio. Não nos molhamos porque não tinha mais o que molhar!
Em tempo... o passeio oferece uns saquinhos para proteger as máquinas fotográficas e os guias avisam quando é seguro bater fotos sem fazer sopa de negativo ou pixels. Por isso o zoom não é tão grande quanto eu gostaria.